Preservar o meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar práticas responsáveis de governança. Este é um mantra que todas as empresas globais, mais do que repetir, precisam colocar em prática. O mundo mudou significativamente, também, no quesito sustentabilidade e quem não surfar nesta onda vai perder investimentos, clientes e mercado.
Assim como a revolução digital promoveu grandes transformações no mundo nas últimas décadas, os conceitos da sigla “ESG” (Enviromental, Social and Governance) são a nova realidade que chegam com potencial transformador. Como nas novas tecnologias disruptivas, que não param de mudar organizações, empresas e sociedades, também o ESG começa a mostrar seu grande potencial transformador, em especial nos Estados Unidos e Europa.
No Brasil, o conceito ESG segue mais restrito ao setor corporativo, em especial às empresas mais globalizadas, mas, aos poucos, o tema começa a repercutir também na mídia e ganha espaço na sociedade.
Há inúmeros fundos de investimentos, com bilhões de dólares disponíveis para aplicação, que decidiram apoiar unicamente empresas que desenvolvam modelos de negócios sustentáveis e responsáveis, comprometidos com os princípios da ESG.
Importante, portanto, que o setor empresarial capixaba fique atento a este relevante movimento global. Afinal trata-se de um caminho sem volta. As empresas que não o adotarem, logo vão encontrar dificuldades para sobreviverem saudavelmente.
A governança dentro dos padrões ESG, pautada em novos princípios e regras, chega com um novo modelo de gestão que, entre outros aspectos, impõe novas formas de buscar resultados e lucros. Este movimento, já consolidado e em expansão no mundo, efetivamente, está mudando a forma como acontecem as relações sociais e ambientais. E, quanto mais cedo entendermos e passarmos a adotar os critérios ESG, maiores serão os retornos para as empresas.
E isso especialmente nestes tempos pandêmicos, que aceleraram o processo de transformação em todo o planeta, mudaram hábitos arraigados da sociedade, forçaram as organizações a se reinventarem, com predominância nos meios digitais. Importante, portanto, que as empresas reconheçam que, em meio a este novo cenário, está surgindo um novo consumidor, com mais consciência social e ambiental, decidido a optar por produtos e serviços vindos de empresas verdadeiramente comprometidas com a redução dos impactos ambientais, atentas às questões sociais e de interesse público, entre outras práticas de governança.
Afinal, nos dias atuais, são facilmente detectáveis quais empresas se preocupam com ESG e quais praticam “greenwashing”, ou seja, se dizem sustentáveis, mas continuam apegadas ao passado.